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14 de janeiro de 2011

Encontros e despedidas

O mês de Dezembro de 2010 foi muito importante pra mim, foi o reencontro com minha irmã.

Eu estava muito ansiosa com a chegada dela, não apenas pela saudade, mas por tudo que ela representa pra mim. Ela mora na Alemanha e decidiu viver na Europa ha alguns anos o que foi uma coisa muito boa mas ao mesmo tempo dolorosa pra mim e pra ela também com certeza.

Sempre fomos muito ligadas apesar de termos quase 7 anos de diferença de idade. Quando eu era uma criança ela já era adolescente e quando eu era adolescente ela já era adulta. Nós sempre conversamos muito, ela cuidava de mim quando eu era criança, me dava mamadeira, eu dormia com ela, ela me levou a primeira vez ao cinema (assistimos A Bela e a Fera) e chorou de felicidade quando eu fui ao Rock-in Rio em 2001 porque eu estava realizando um sonho (que meu irmão ajudou a realizar).

Me lembro que ela sempre me perguntava qual era meu sonho, o que eu queria ser quando eu crescesse. Eu muitas vezes respondia que queria ser mãe de muitos filhos, hoje isso mudou um pouquinho porque ainda quero ser mãe, porém de uma quantidade menor de filhos rsrs. E falávamos de tantos outros sonhos.

Quando morávamos todos juntos éramos muito cúmplices (ainda somos), mas ainda sim era diferente, era gostoso. Eu sabia que meu irmão dirigia em alta velocidade e sabia que minha irmã fumava quando bebia. Quando minha ex-cunhada engravidou da minha primeira sobrinha, adivinha? E juntos arrumavamos soluções ou ensaivamos como contar as coisas pra nossa mãe (em casa o terror era a mãe e não o pai, rs, meu pai é bem mais calmo).

Quando ela se mudou me ligava chorando por tantos motivos e sempre falava, não é pra contar pra mãe e na primeira visita dela ao Brasil ela me perguntou se eu já havia beijado alguma menina (ela já sabia que eu ia há baladas GLS e etc.) e eu respondi que sim com tanta naturalidade e segurança. Ela também gosta de meninas, mas tenho certeza que se não fossemos amigas talvez jamais tocariamos no assunto como alguns casos que eu conheço entre irmãos/tio/primos homossexuais. Meu irmão que é hétero também soube antes que minha mãe, apesar de minha mãe saber desde sempre (ela falou, rs).

Daqui à pouco ela volta para casa,  mas existe uma benção entre tantas, que nós (ela e eu) agradecemos muito á Deus, não importa por onde andarmos, as escolhas que fizermos, o caminho que traçarmos, nada mudará a nossa condição de irmãs e de uma forma ou de outra sempre estaremos próximas.

São tantas boas lembranças, tantos acontecimentos. E por causa dessa relação entre nós e nossos irmãos é que decidimos que nosso (a) bebê terá irmãos, pelo menos um, aliás acho que só um (a), na tentativa de que eles também tenham tantas boas lembranças, aprendam a compartilhar momentos e terem um (a) grande amigo para ajudar a montar o quebra-cabeça de coisas que nossa memória as vezes esquece.

Bjos a todos

2 comentários:

  1. Irmãos são tudo de bom !
    É tão gostoso compartilhar segredos , momentos e ter tudo isso guardado na memória !

    Aproveite o tempo com ela :*

    Beijão

    PS : O blog está uma graçinha com esse papel de parede *-*

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  2. Muito legal seu post. Eu não tenho irmãos, sou filha única, e sempre desejei sentir esse amor que um irmão sente pelo outro, por isso sempre digo que quero ter pelo menos 2 filhos, porque quero que meus filhos tenham isso que eu não pude ter.

    Beijos

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