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3 de julho de 2015

Porque eu ainda Sonho

Se tivesse um dia sequer que eu não pense, não sonhe ou não projeto vocês na minha vida, já teria desistido desse sonho.

As vezes as pessoas não entendem porque quero tanto, mas se eu também entendesse seria muito fácil explicar rs.

É engraçado como alguém consegue me tirar do sério em dois minutos, apenas criticando esse meu sonho. Porque pra mim ser Mãe já um sonho tão antigo que não me lembro mais de como era quando não o tinha. Então acabo sentindo que se criticam isso em mim, estão me criticando.

Mas a verdade pra mim é que, não há sentido em estudar e trabalhar tanto, construir coisas, acumular coisas materiais, se eu não tiver vocês para usufruir, para proteger debaixo do teto, no meu abraço.

Se eu tiver milhões e milhões em Reais mas não tiver vocês um dia na minha vida, acho que a vida não será tão colorida.

A mamãe aqui está aproveitando um monte de coisas legais que dá pra fazer sem vocês, tah bom!?

Mas eu não imagino passar uma vida inteira sem trazer fraldas e mais fraldas no carrinho de supermercado, nem sem me preocupar quanto custa a fórmula depois que vocês não quiserem mais o meu leite quentinho. Não imagino passar uma vida inteira sem perguntar no Hotel se tem berço portátil e piscina infantil.

Não imagino minha vida sem nunca ir a uma reunião escolar, te ver dançar na escola, sem ver os caipirinhas mais lindos da quadrilha de São João, sem nunca pedir pra Vovó ficar com vcs em um sábado a noite pra eu poder namorar um pouquinho a sua outra mamãe a sós, rs.

Sem nunca ligar em casa no meio de um plantão porque a febre não passou até o momento que eu sai de casa (sim, mamães passam por isso as vezes, mesmo sendo difícil).

Não imagino minha vida inteira sem falar: Não faz assim com teu irmão! Agora não! Pega os seus brinquedos da sala! Isso não serve mais em você, como cresceu tão rápido!? Agora chega, é hora de dormir! Você vai jantar agora, nada de besteira! Sai desse telefone! Você não vai, você não é todo mundo! Tah bom, o que você quer saber, pode perguntar! (e no fundo ficar com medo do que vc vai perguntar, rs).

Não imagino minha vida inteira sem ouvir: Mãmã! Não quelo! oh mãããeee olha ela (e) aqui! Quero mama! Ela (e) tb brincou, não vou pegar sozinho (a)! Mãe, olha isso aqui, não serve mais! Eu tô sem sono! Quero bala! JÁ VOU, mal pego nesse telefone! Mas Mãe. Mãe, todo mundo vai! Não mãe, não quero saber de nada!

Não imagino sem pagar numa peça minúscula de roupa o valor de uma roupa pra mim e outra pra sua mãe e ela querer me matar por isso, kkkk. E depois ter que explicar mil vezes que o dinheiro não cai da árvore pra comprar aquele Tênis da moda, que vai ter que esperar.

Mas tenham uma certeza, se não houver uma outra mãe, vocês já tem essa aqui, que deseja vocês com muito amor, com muito

sonhos, com os medos de quem nunca engravidou e com o coração aberto para aprender ser mãe de vocês sabendo que vocês também aprenderão ser meus filhos.

Mamãe Rê

(PS: fotinhas lindas da Dona Dona, peguei na internet, rs)

8 de janeiro de 2014

Tudo no lugar...

Depois de ter um dia apenas comigo (como não o faço a muito tempo), tive tempo pra pensar no meu blog e repensar...na verdade gostaria de mudar o perfil, as cores, as letras. Mas para isso vou precisar de mais um dia inteiro sozinha, já que não tenho muita prática com essas atualizações de blog kkk e ainda gosto do meu Blog assim.

O fato é que hoje fiquei o dia inteiro arrumando a casa, mas, o fiz como uma espécie de terapia. Colocando e tirando algumas coisas do lugar, jogando fora o que já não é interessante, não me serve, colocando para doação aquilo que ainda pode ser utilizado por alguém com dignidade e boa aparência. E como boa Taurina que sou, acabou que um dia de faxina doméstica se tornou uma faxina por dentro de mim.

Em meio há tantas coisas, muitas histórias, estórias e lembranças. Lembranças boas, divertidas, outras nem tanto. E cada uma com seu grau de importância.

Agora as costas doem, talvez para me lembrar de que não sou mais adolescente kkk, mas que continuo com muitos sonhos daquela época, uns que já realizei e tenho a sorte de revive-los se assim o desejar e outros que estão por realizar, outros que não fazem mais sentido algum e mudaram completamente ou desapareceram dando espaço a outros.

Neste momento a verdade para mim é que as coisas mudam, aquilo que era tão importante antes, hoje ocupa um canto do guarda-roupa, e só ocupa mesmo, porque você não vai mais utilizar, apesar de ter a sensação de que nunca deixou de faze-lo.
Aquela blusinha, aquele "Jeans" que você adora, mas não serve mais. E nem adianta dizer: vou emagrecer, deixa eles aí! kkk, não adianta...quando emagrecer vai querer coisas novas, porque será outro momento, outra época, outros lugares para frequentar, talvez. E não dá pra ficar só ocupando espaço, sem utilidade, sem sentido nenhum.

Por isso jogo algumas coisas fora, para dar espaço a novas coisas. Será que é por isso que algumas pessoas vão embora também?

Pelo sim ou pelo não, existem coisas que não vale a pena ficarem ou, não vale mais a pena ficarem. Algumas coisas ficarão perfeitas para outra pessoa, não mais para mim. Talvez nunca ficaram perfeitas em mim, mas na época eu queria e querer me bastava.

Mas não é só querer, tem que ser meu número, tem que encaixar, servir. Se não servir mais, se não ficar mais tão legal, não devo reter, apertar ou fazer tantos reparos, remendos. Não! Tem coisas que não são mais para nós. Você pode até tentar deixar, mas uma coisa deixa a outra, como um Lego, que uma peça depende da outra para ganhar forma? Aí começa a ficar um monte de coisas, um monte de peças sem sentido, sem utilidade, porque não há nada em mente ou esforço para montar.

Tudo ficou uma bagunça no início, mas agora, tudo está no lugar. Tudo limpo, até parece novo. E eu?
Eu estou leve, com a sensação de que limpei tudo. Não ficou perfeito, mas dei o melhor de mim.

Bjos

2 de maio de 2013

Dizer Adeus

Dizer adeus aperta o coração, parece que estamos tirando por um momento de seu lugar de origem e que quando o colocarmos de volta ele não será mais como antes.

Tive que dizer adeus a minha avó, que esteve conosco até 29/04 e agora se foi.
Por mais que estamos avisados, nunca estamos preparados. Ninguém se separa para esse tipo de coisa de verdade.


Nos preparamos para receber, para o nascimento, para a chegada, mas para a partida...


O meu coração fica apertado, principalmente em pensar que minha mãe perdeu sua mãe. Isso deve doer muito. E não acreditamos ser uma perda, mas sim uma separação temporária e mesmo assim dói.


Mas isso nos faz mais fortes e mais unidas. A saudade fica, mas com ela fica a sensação de que fizemos tudo que nos foi possível.

Quisera ter a mesma sorte de morrer velhinha, quentinha, apenas porque faz parte do processo da vida.