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22 de maio de 2011

"Todo mundo quer saber com quem você se deita, nada pode prosperar..."

Oi gente, desculpe-me pela ausência.

Estou com saudade do meu cantinho e dos amigos blogueiros. A correria e o cansaço do dia a dia me fizeram ausente, mas estou de volta.

Hoje conversando com minha irmã pelo Skype ela me disse que leu a matéria sobre o STF referente a união estável e ficou super feliz. Também ficamos. E contei a ela uma coisa que também quero comentar aqui.

Estava eu no grupo virtual do Projeto Pequena Sementeira (Grupo de Pais e Mães Homossexuais) e através dele encontrei um blog onde um rapaz postou uma carta maravilhosa para o Bálsanaro. Haviam vários comentários, mas dois deles me chamaram a atenção e me valeram esse post.

Um deles dizia: Vocês (nós homossexuais) não querem ser criticados, podemos criticar, religião, política...mas vocês não!

Ao meu ver criticar depende de cada um, ninguém pensa igual, que bom: Vivam as diferenças. "As diferenças" e não há homofibia, violência. Isso sim é o que não aceitamos.

Em outro comentário (esse me irritou profundamente): Os gays não querem direitos, eles querem super diretos. SUPER DIREITOS?

Então, pergunto eu, o que são super direitos?

Será que poder amar alguém livremente mesmo que, do mesmo sexo é um super direito?

Chorar a morte de sua companheira (o) e ser viúva (o) e não solteira (o), é um super direito?

Será que andar de mãos dadas e não levar um soco inglês do nada, é um super direito?

E quando nos separamos, dividir os bens pelo qual trabalhamos e conquistamos juntas (os), é um super direito?

Quando um homem e uma mulher vivem juntos e ela tem um bebê, mesmo que ele não seja o pai biológico, poderá registrar o bebê sem problema nenhum, sem entrar com um processo judicial. Nós temos que gastar horrores com advogado, gastar tempo e energia para que nossos filhos tenham os benefícios que lhe são de direito. Então será que registrar os nossos filhos, reconhece-los como nosso, reconhecer judicialmente nossas obrigações como mãe e mãe ou pai e pai, é um super direito?

Não ser julgada por dormir com uma mulher em uma entrevista de emprego e sim ser julgada por sua experiência profissional ou capacidade profissional, é um super direito?

Não querer ser insultada ou ver os meus amigos sendo xingados por aí, taxados: BICHA, SAPATONA, SAPATÃO, FRESCO, VIADO ou qualquer desses comentários que ouvimos por aí...assim como uma pessoa negra não quer ser chamada de PRETO (porque é cor e não raça), assim como o JAPONÊS não quer ser chamado de amarelo, ou sei lá o quê, é um super direito?

Realmente acho que não entendi o que quer dizer SUPER DIREITO.

E nem quero entender, porque é tão difícil as pessoas entenderem que não importa com quem eu durma, não importa o que acontece em quatro paredes, sou cidadã como qualquer uma. Não sou menos ou mais mulher por isso, não sou menos humana por isso.

Não importa se a pessoa é uma prostituta, se se relacionou sexualmente com alguém antes de casar, se casou virgem, não importa, pela constituição todos somos iguais e queremos isso em prática.

Se um (a) pedófilo (a), um (a) assassino (a), um (a) assaltante, um (a) traficante querem se casar com alguém do sexo oposto, tudo bem. Se um pedófilo quer ter um filho e registrá-lo em seu nome, tudo bem.
Direitos humanos, não podemos tirar os direitos de nenhum cidadão do bem ou do mal.

O que é que fazemos de tão errado que precisamos sair em passeatas, lutar tanto, chorar tanto, ver pessoas morrerem, simplesmente por AMAR...AMAR alguém do mesmo sexo.

Os direitos que nós homossexuais queremos não precisaria de toda essa luta se simplesmente podessemos viver como QUALQUER cidadão.

Bjos

Bom domingo a todos.

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